Igreja Matriz de N.ª Srª. Conceição / Paroquial de Lavos

 

 

 

 

Tipologia: Arquitetura Religiosa

Designação: Igreja Matriz de N.ª Srª. Conceição / Paroquial de Lavos

Freguesia: Lavos

Localização: Largo José da Silva Fonseca

Coordenadas: (N: 40º 05' 40'' ; W:8º 49' 44'')

Utilização Atual:

Visitável: SIM

Horários:

Contactos:

 

 

 

 

Dedicada a Nossa Senhora da Conceição, é conhecida pela invocação a Santa Luzia, que herdou da antiga ermida que se erguia no mesmo local. Na verdade, a primitiva povoação situava-se mais junto ao mar, mas os factores naturais obrigaram a uma mudança de localização, razão pela qual se fundou, no século XVIII, novo templo. A data de 1744, no portal principal, ajuda a balizar a sua edificação, intervencionada já no século XIX, conforme inscrição de 1875. Assim, etal como as paroquiais de Maiorca, Quiaios, ou Brenha, com as quais pode ser cotejada, também a igreja de Lavos é resultante de uma construção setecentista com intervenções posteriores (Processo de Classificação, IPPAR/DRC).
No exterior, muito depurado, destaca-se a fachada principal, definida por pilastras nos cunhais, encimadas por pináculos, e remate em frontão triangular com óculo polilobado no tímpano. O portal de verga recta é encimado por amplo entablamento que suporta o nicho flanqueado por volutas onde se exibia a imagem de Santa Luzia, oriunda da igreja primitiva. Ladeiam-no dois janelões. À esquerda, ergue-se a torre sineira, que termina em coruchéu.
No interior, e ainda que circunscrita devido à amplitude do espaço, a riqueza decorativa contrasta vivamente com o exterior. A nave, para a qual se abrem capelas laterais em arco de cantaria, exibe tecto de caixotões pintados com cartelas. A talha dourada e polícroma, própria do rococó coimbrão, extravasa os limites dos retábulos para revestir o arco triunfal, ligando os dois colaterais. No principal, ganha especial interesse a tela com a representação de Nossa Senhora, executada por Pascoal Parente em 1789. O lambril de azulejos de padrão que percorre o espaço é já do século XIX, podendo certamente inscrever-se no âmbito da reforma de 1875. Por sua vez, o coro alto exibe um órgão setecentista de grande interesse. Por fim, o baptistério é uma construção do século XX, embora a pia baptismal, em pedra de Ançã, remonte ao século XVI.